Sete Mil Vezes mantém base sonora, mas sofistica arranjos, para canções delicadas e regravações divertidas.

As variadas emoções provocadas pelo Amor orientaram a escolha de repertório do novo CD da cantora e compositora Nila Branco. Sete Mil Vezes chega para o público, em setembro deste ano, trazendo 12 canções delicadas e divertidas, a partir de produção musical de Nila Branco e Renato Faleiro. O primeiro show já está marcado para outubro, em Goiânia/GO.

Após lançamento de dois DVDs, o retorno ao estúdio era um projeto que vinha sendo amadurecido nos últimos dois anos. Assumindo a direção artística e produção musical do novo trabalho, Nila esteve à frente de todo o processo produtivo, da escolha de repertório até a composição de arranjos.

Para tanto, compartilhou o processo criativo e as decisões com o músico goiano Renato Faleiro, responsável pelo violão, cavaquinho, guitarra, percussão, bandolim, teclados adicionais e sampler do CD. “Mandamos bem no palco e essa química também funcionou no estúdio, enriquecendo o trabalho musicalmente e fortalecendo o conceito que eu queria trazer para o disco”, lembra Nila Branco.

Segundo ela, a artista que tocou nas rádios de todo o Brasil com os hits Diversão e Chama, retorna madura e a fim de soar diferente, mantendo pop a base musical de um trabalho que se apresenta com personalidade. Porque Sete Mil Vezes transita híbrido pelo rock, jazz, latin music e a MPB, contemplando o regionalismo de forma sutil.

Nila Branco fez de seu sétimo álbum uma espécie de “amálgama”, que reúne a bagagem musical que a acompanha desde os tempos em que cantava nos bares de Goiânia e que, em seguida, foi transferida para o set list da “DJ Nila”, como brinca a cantora. Sons diversos que fazem parte de sua formação como: Bob Marley, Cartola, Luiz Melodia, Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, Janis Joplin, Cazuza.

Surpresas
“Este é meu melhor CD, porque é o que se parece mais comigo: meio rústico, sentimental, intuitivo e acima de tudo verdadeiro. Levou um tempo para eu decidir como queria me expressar, mas rapidamente tudo fluiu de forma muito natural, muito forte”, revela. Como primeira música de trabalho, para se comunicar com o público ávido por novidade, a cantora escolheu uma composição do goiano Julio Fonti, Depois da Chuva, uma canção poética, bastante melódica, que terá seu vídeo clip lançado simultaneamente ao CD.

As surpresas começam já na primeira faixa, com Nila Branco entoando o hit infanto- juvenil dos anos 80, Se Enamora, popularizada pela Turma do Balão Mágico, na versão de Edgard Poças para o português. “Várias pessoas encontram identificação com esta música, acredito que seja porque todos nós já vivemos um primeiro amor, e isto marca muito. Abrir o disco com ela é fazer um convite para evocar esse sentimento tão sublime.”

Entre outras regravações, ganham versão feminina pela primeira vez As dores do Mundo (Hyldon), Alma não tem cor (André Abujamra) e Mente, mente (Arrigo Barnabé). Nesse grupo, destaque também para Conga, Conga, Conga, de Mr. Sam, que o Brasil conheceu na voz de Gretchen.

As canções inéditas selecionadas para o CD estabeleceram com Nila Branco relações afetivas, muitas delas à primeira vista. Como é o caso de Edredom, composta por Otavio Scapim, sobre a intimidade entre aqueles que se amam. A cantora também destaca a versão brega-cult de O bom da minha festa (Julio Fonti), gravada em dueto com Odair José. Outros dois compositores goianos integram o CD: Rodolfo Vieira, comCarnaval, e Beto Cupertino, em Pane.

É de Nila Branco a autoria de duas faixas, ambas originalmente compostas para Cinema. Do filme Entre o inverno e o verão, dirigido por Simone Caetano, surge a canção Bye, bye, que experimenta uma pegada latina para a letra que recomenda a liberdade. E tem também Aquele beijo, trilha sonora do romance juvenil encenado pela filha da cantora, a atriz Luiza Borges, para o mesmo curta-metragem.

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